RIZZA CONDE


Depois de acompanhar ao longo de anos o trabalho de Rizza Conde, vemos reiterar-se nele uma linguagem feminista, que parte da xilo para fazer agora uma passagem para a gravura em metal, belamente iluminada, muitas vezes, pela presença da cor: amarelos claros, azuis, rosas, tons claros.
É arriscada a trajetória dessas mulheres de equilíbrio instável, tantas vezes em queda livre, ou representadas como disjecta membra, disjecta fêmea, em que pernas, braços, troncos vão compondo trípticos e frisos de traço livre, de um desenho forte, que revela a matriz expressionista da própria técnica que esteve na origem destes trabalhos.
Estas inscrições do feminino, que vêm encontrando crescente inclusão no universo da visualidade contemporânea, visam, no trabalho de Rizza, que constrói um vocabulário extremamente pessoal através da metáfora e do simulacro de situações, reclamar para as mulheres um território que as torne sujeito da sua própria história.
Lélia Coelho Frota
ABCA/AICA

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